quarta-feira, outubro 12, 2011

emergency supplies

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Na dúvida, nada como ir abastecer. Só coisas boas: Ondjaki e Cardoso Pires. Lobo Antunes também.
Só comecei o segundo, do qual já li algumas coisas, tendo agora percebido que de facto já tinha saudades.
Manusear à vontade e brincar descontraidamente com a língua e com a estória que se conta é talento ao alcance de poucos. Lido assim até parece fácil.
Ah, e veio também Lobo Antunes, a Memória de Elefante. A primeira página, a que se espreita, promete e já decidi que só hei-de ler d'O Esplendor de Portugal para trás. Nem amar pedras, nem cavalos não sei quê no mar, que d'A Exortação aos Crocodilos em diante soou-me tudo intragável. Fui eu? Posso ter sido. Mas se sou eu que leio, a decisão está tomada.
(Depois disto já li Os Cus de Judas e correu-me novamente bem, pelo que quanto a "validação empírica", a minha sondagem tem 100%.)
De Ondjaki nada sei, a não ser a ideia do Oxalá Cresçam Pitangas, que no entanto não vi. Mas parece-me na série dos "africanos criativos", so to say, da criatividade e boa disposição que por exemplo o Mia Couto e o Pepetela conseguem ter. Dada a ocasião, era isto que vinha mesmo a calhar - e foi disto que procurei. Ondjaki veio de surpresa, com o encanto da novidade.
(Só depois reparei no autocolante do Plano Nacional de Leitura, pelo que a boa expectativa aumentou.)
De modos que, e à falta de livros em espera, estes foram os de hoje. A ocasião não se verificou, mas sempre foram boas aquisições. Cronologicamente, começou o Cardoso Pires, pelo que foi com o bom português que a sala de espera da minha tarde se deliciou.
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